TV e rádio na portaria: Qual o impacto que isso pode trazer para a segurança do seu condomínio?

Esta é uma questão muito abordada na maioria dos condomínios. Para os que defendem a questão, sempre há excelentes argumentos que justificam e para os que são contrários também não faltam pontos que justifiquem seus pontos de vista.

Mais é dentro de uma visão panorâmica de segurança vamos abordar o assunto:

A TV e rádio ajuda ou atrapalha o exercício da atividade do profissional de portaria?

Vamos iniciar com o raciocínio que segurança não combina com conforto e distração. O serviço que um profissional de portaria desempenha durante seu turno de trabalho, tem um dinamismo que não lhe permite dedicar parte da sua atenção para objetos ou terceiros que não estejam relacionados com suas funções. Por uma portaria desenvolve se o controle de acesso de veículos e pessoas, recebimentos e registros de correspondências, atendimento de interfones, etc.

A maioria dos acontecimentos relatados acima acontecem no período diurno, sendo que no período noturno o porteiro acaba não tendo estímulos suficientes para ocupar o seu tempo e acaba ficando ocioso, e com a justificativa de preencher esta lacuna, toma o uso de aparelhos de comunicação.

Existe até um bordão muito usado pelos defensores desta prática que diz: é melhor um porteiro distraído mais acordado do que dormindo.

Porém, o síndico adepto deste pensamento deve ter consciência que qualquer que seja a forma de distração oferecida na portaria, sua segurança deixa de ser eficiente e o patrimônio defendido fica sujeito a ações criminosas.

Estudos apontam que um aparelho de TV na portaria compromete 80% dos sentidos de visão e audição. No caso de um rádio, a distração é menor por atingir somente o campo de audição, mais também atrapalha.

Quando se trata do colaborador noturno a situação ainda se agrava mais. É um período que exige maior atenção e muito visado por pessoas mal intencionadas. Durante a noite estes aparelhos provocam sonolência e prejudicam em grau elevado os reflexos do porteiro.

Porém, não basta ser um síndico ditador e simplesmente impor regras. É necessário orientar toda equipe de segurança e conscientizar sobre a importância de suas funções. Também é fundamental pensar que pode se fazer segurança aliada a um conforto que não traga vulnerabilidade ao patrimônio.

Escrito por Emerson Guerra
Consultor na Guerra Consultoria em Segurança
guerraconsultoriadeseguranca@gmail.com