Abordar e debater a segurança condominial com alguns gestores é ouvir deles que existem falhas no controle de acesso de visitantes que entram pelo portão de pedestres, na identificação e liberação de prestadores de serviços, porém, a grande maioria não se atentam que a entrada de veículos de um condomínio deve ser tratada com o mesmo zelo sob o olhar da segurança como as demais áreas.
Provado por estatística, podemos observar que os criminosos já perceberam esta fragilidade nos condomínios e tem usado a vulnerabilidade deste setor para a prática de invasões, principalmente a condomínios de alto padrão.
Existe uma cultura cultivada por alguns gestores e apoiada por condôminos que todos conhecem o meu veículo e que ao se aproximar do condomínio o porteiro deve facilitar a entrada já efetuando a liberação do portão, entregando, é fundamental frisar que a identificação do veículo não deve eliminar a necessidade da identificação tanto do motorista como dos acompanhantes.
Para reduzir custos alguns gestores eliminam o profissional de segurança de fazer esse controle de acesso, automatizam os portões e distribuem controles aos moradores, adquirindo em comércios populares, sem observar a qualidade do equipamento e não se atentando para fortalecer a segurança do seu patrimônio.
Neste caso o controle deve possuir sistema anti clonagem, contar com um sistema de identificação na portaria, além de possuir um acionamento de pânico para que o porteiro seja informado em qualquer situação emergencial.
Um sistema de controle de acesso deve sempre ser analisado e se possível contar com uma análise de riscos para que não se perca o conjunto que agrega todo o sistema de segurança.
Em locais onde temos a figura do porteiro a indicação é treinamento sobre treinamento. Não podemos somente colocar um colaborador na portaria e achar que ele sozinho irá resolver a questão da segurança. Ele precisa ser treinado e instruído para que além de identificar o veículo do morador ele também saiba a importância de identificar todos os ocupantes do veículo e ser perito em alguns momentos de entender até uma comunicação por sinal de alguém que demonstra estar em perigo.
Nos condomínios em que não temos o profissional de segurança, se torna necessário um investimento maior em estrutura tecnológica, além de difundir junto aos condôminos uma cultura maior de segurança.
A segurança de um condomínio se inicia e leva responsabilidade de síndicos e gestores e eles não devem esperar que todos os condôminos irão agir de forma segura aplicando normas de segurança no seu dia a dia. Alguns vão sempre tentar o modo mais fácil, e se possível encontrarão meios de contar até com o auxílio do porteiro.
Não se deve permitir que alguns moradores pratiquem estes fatos, pois quando se alinha comodidade e segurança estamos colocando em risco toda a coletividade.
– Texto de Emerson Guerra
Consultor na Guerra Consultoria em Segurança
guerraconsultoriadeseguranca@gmail.com
